Pesquisar este blog

segunda-feira, 29 de abril de 2019

29 DE ABRIL - FESTA DE SANTA CATARINA DE SENA : AMOR E CONTEMPLAÇÃO





Catarina nasce em Sena ( Itália), em 25 de março de 1347. É a vigésima quarta filha de Tiago e Lapa Benincasa. Aos seis aos, tem sua primeira visão extraordinária envolvendo a Igreja: Ela contempla Cristo e os apóstolos Pedro, Paulo e João. O primeiro segredo da santidade e da irradiação de Catarina é assumir a vida real em um imenso amor, que é dom total de si, transformador de toda a existência, e força renovadora da Igreja e do mundo. O caminho de Catarina está na espiritualidade dominicana contemplativa, ativa e apostólica. Ela é toda consagrada a Deus; porém, convém relembrar, não é uma religiosa, é uma leiga “mantelata”. Ela vê a Igreja, vive e reage na Igreja como uma cristã comum. Sente o que todos sentem, estimulada pelos êxitos e chocada pelos escândalos que vêm do “pessoal da Igreja”. Catarina afirma a sua presença ao mundo numa atitude original de espiritualidade, de busca de perfeição evangélica. É uma atitude de ruptura e de resistência ao mal, à corrupção, aos escândalos, ao mesmo tempo que uma energia transformadora dela se irradia. Ela intervém, ela fala, ela denuncia, ela suplica e exige, em nome do Evangelho, apelando para o “sangue de Cristo”. Quem não a ama e segue, respeita-a e até se apavora diante dela, pois o seu costume de rezar identifica-se com Cristo através dos caminhos da santidade, da justiça e da solidariedade. Ela abre os caminhos da espiritualidade que será seguida na América Latina por Rosa de Lima e por Bartolomeu de Las Casas. Mulher espiritual e decidida, pregando a conversão aos grandes, dando não apenas conselhos, mas diretivas para a orientação da Igreja e da sociedade. Ela suplica com ternura; porém, quando necessário, intima com a força do amor: “Eu quero” que se tome medida ou tal atitude. Catarina é a mulher toda possuída pela misericórdia. Mas o essencial é isto: nela, uma mulher reza com toda intensidade, está toda possuída de Deus, está identificada com o plano de Deus, que é amor, misericórdia. Com ardor e humildade , ela interpela: O que e como fazer diante da insolência do mal e da fraqueza dos bons¿” ( Livro: As santas doutoras – espiritualidade e emancipação da mulher; Frei Carlos Josaphat: - São Paulo: Paulinas, 1999.




Nenhum comentário:

Postar um comentário