Catarina nasce em Sena ( Itália), em 25 de março de 1347. É a vigésima
quarta filha de Tiago e Lapa Benincasa. Aos seis aos, tem sua primeira visão extraordinária
envolvendo a Igreja: Ela contempla Cristo e os apóstolos Pedro, Paulo e João. O
primeiro segredo da santidade e da irradiação de Catarina é assumir a vida real
em um imenso amor, que é dom total de si, transformador de toda a existência, e
força renovadora da Igreja e do mundo. O caminho de Catarina está na
espiritualidade dominicana contemplativa, ativa e apostólica. Ela é toda consagrada
a Deus; porém, convém relembrar, não é uma religiosa, é uma leiga “mantelata”.
Ela vê a Igreja, vive e reage na Igreja como uma cristã comum. Sente o que
todos sentem, estimulada pelos êxitos e chocada pelos escândalos que vêm do “pessoal
da Igreja”. Catarina afirma a sua presença ao mundo numa atitude original de
espiritualidade, de busca de perfeição evangélica. É uma atitude de ruptura e
de resistência ao mal, à corrupção, aos escândalos, ao mesmo tempo que uma
energia transformadora dela se irradia. Ela intervém, ela fala, ela denuncia,
ela suplica e exige, em nome do Evangelho, apelando para o “sangue de Cristo”.
Quem não a ama e segue, respeita-a e até se apavora diante dela, pois o seu
costume de rezar identifica-se com Cristo através dos caminhos da santidade, da
justiça e da solidariedade. Ela abre os caminhos da espiritualidade que será
seguida na América Latina por Rosa de Lima e por Bartolomeu de Las Casas. Mulher
espiritual e decidida, pregando a conversão aos grandes, dando não apenas
conselhos, mas diretivas para a orientação da Igreja e da sociedade. Ela
suplica com ternura; porém, quando necessário, intima com a força do amor: “Eu
quero” que se tome medida ou tal atitude. Catarina é a mulher toda possuída
pela misericórdia. Mas o essencial é isto: nela, uma mulher reza com toda
intensidade, está toda possuída de Deus, está identificada com o plano de Deus,
que é amor, misericórdia. Com ardor e humildade , ela interpela: O que e como
fazer diante da insolência do mal e da fraqueza dos bons¿” ( Livro: As santas
doutoras – espiritualidade e emancipação da mulher; Frei Carlos Josaphat: - São
Paulo: Paulinas, 1999.
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