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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Promoção Vocacional


Domingos pertencia a uma rica família de nobres da Espanha, mas para seguir a Cristo, deixou tudo e se fez "humilde pregador do Evangelho", vivendo de esmola e procurando convencer com o diálogo e o exemplo de vida. Ele procurava imitar a vida dos apóstolos e dos primeiros cristãos de Jerusalém que: "...eram um só coração e uma só alma... tinham tudo em comum... eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações e... com muito vigor, davam testemunho da ressurreição do Senhor." (Atos dos Apóstolos). 

A escolha da vida Dominicana corresponde a aptidões e uma vocação pessoal para o serviço da fé. Ser presença na caminhada, com todo um povo, no seguimento de Cristo! Numa vida de Oração, de comunidade, de estudo e partilha, uma vida a serviço da missão!

Como Irmãs Dominicanas Romanas procuramos trabalhar pelo Reino de Deus através da educação, promoção e libertação do homem.

Venha nos conhecer!!!   Entre em contato conosco:
domi.vocacional@yahoo.com.br


Quem é Irmã Geraldinha, 

Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.” (Mateus 5,10)

Irmã Geralda Magela da Fonseca (foto), carinhosamente chamada de “Irmã Geraldinha”, nasceu em São Domingos do Prata, MG, em 28 de agosto de 1962. Filha de Maria Auxiliadora da Fonseca e Geraldo Rodrigues da Fonseca (já falecido). Sua mãe e a maioria de seus 15 irmãos continuam vivendo na região rural São Domingos do Prata/MG, que conta, hoje, com 17.345 habitantes. 

Ingressou na Congregação Romana de São Domingos – CRSD -, em São Domingos do Prata em 1987, viveu em Belo Horizonte e em São Paulo. Em 1993 Irmã Geraldinha foi para Salto da Divisa, no Vale do Jequitinhonha, onde as Irmãs Dominicanas estavam abrindo uma Comunidade religiosa, com as Irmãs: Teresinha de Jesus Reis, Solange de Fátima Damião e Geralda Magela da Fonseca (Irmã Geraldinha). 

A Comunidade das Irmãs Dominicanas dedicou-se ao acompanhamento dos Grupos de Reflexão Bíblica, organização de Cebs – Comunidades Eclesiais de Base - e de Associações Comunitárias que resultaram na criação das Associações de pescadores, das lavadeiras e dos pedreiros, de moradores... Irmã Geraldinha coordenou a Pastoral da Juventude – PJ - em e sucessivamente a Pastoral da Criança; ambas, em nível Paroquial e Diocesano; ela coordenou, também, em Salto da Divisa, as atividades da Associação Asas da Esperança cuja finalidade era dar suplementação educacional para as crianças carentes; além de dar assistência à Rádio Comunitária e em especial ao Grupo de Apoio e Defesa dos Direito Humanos - GADDH - de Salto da Divisa. 

As Irmãs Dominicanas assumiram outras frentes de trabalho e deixaram Salto da Divisa em 2005. Porém, o apelo do povo foi grande e em 2006, Irmã Geraldinha, mesmo residindo em Belo Horizonte, continuou acompanhando os movimentos sociais em Salto da Divisa; e em fevereiro de 2008, ela passou a residir na Comunidade religiosa Dominicana de Jacinto, cidade que está a 50 quilômetros de Salto da Divisa, e a acompanhar com o GADDH o Acampamento Dom Luciano Mendes, que é do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - e, posteriormente, se dedicou também à organização de 11 famílias de posseiros da fazenda Monte Cristo (– ocupada pelo MST, com o Acampamento Dom Luciano -), ambos, no Município de Salto da Divisa, MG. 

Além do dito acima, hoje, Irmã Geraldinha é vice-presidente do Grupo de Apoio e Defesa dos Direitos Humanos – GADDH - de Salto da Divisa, MG; integrante da Comissão Pastoral da Terra – CPT –, no Vale do Jequitinhonha, integra o Conselho provincial e a Comissão de Justiça e Paz da Irmãs Romanas de São Domingos. 

Por causa da atuação pastoral libertadora de Irmã Geraldinha ela tem sofrido uma série de ameaças de morte, assim como membros do Acampamento Dom Luciano e militantes do MST. E, pior: as ameaças estão se intensificando. 

O trabalho pastoral de Irmã Geraldinha conta com o total apoio da Diocese de Almenara, de Dom Hugo Steekelenburg, das Irmãs Dominicanas, da CPT, dos frades franciscanos Capuchinhos e das organizações de Direitos Humanos e sociais, em nível nacional e internacional. 

Felizes os Sem Terra que lutam pela justiça, porque a realeza de Deus sobre eles lhes garante que a terra é de todos. Feliz, também, Irmã Geraldinha que, ao lado dos Sem Terra, luta pela reforma agrária, que é necessária e urgente no Brasil.

Irmã Rosa Maria Barboza,
Provincial das Irmãs Dominicanas – CRSD

Irmã Geraldinha recebe prêmio de Direitos Humanos

Irmã Geraldinha recebe prêmio de Direitos Humanos

Na presença da Ministra Maria do Rosário, do presidente do Senado, José Sarney, demais autoridades e representantes dos Movimentos Sociais, de Ongs, Irmã  Geralda Magela da Fonseca (Irmã Geraldinha) recebeu no dia 09 de dezembro, juntamente com os demais premiados, das Mãos da Presidente Dilma Rousseff um prêmio de Direitos Humanos  na categoria Irmã Dorothy Stang.
A notícia é do sítio da Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB.
"Quero reconhecer o quanto o Brasil precisa da atuação de vocês, cidadãos corajosos, obstinados, protagonistas da luta contra a violência, a injustiça e a desigualdade. A militância é decisiva para fortalecer a cada dia o projeto de desenvolvimento", afirmou na ocasião a presidenta Dilma Rousseff.
Irmã Geraldinha foi premiada  em virtude  de sua luta pela terra, em meio aos desafios e perseguições junto aos Acampados do Acampamento Dom Luciano em Salto da Divisa/MG.
O prêmio constou em um troféu e um certificado assinado pela Presidente. A conquista  da Reforma Agrária será o troféu por exelência. Neste sentido Irmã Geraldinha entregou a Presidente uma carta das familias acampadas reinvindicando agilidade nos processos de desapropriação das terras improdutivas daquela região.
O nome de Irmã Geraldinha foi indicado pelo Instituto de Direitos Humanos do Estado de Minas Gerais para a Secretaria de DH da Presidência da República, a decisão foi tomada a partir de um processo de seleção.
Conhecida como Irmã Geraldinha, a freira da Congregação Romana de São Domingos – CRSD implantou a Pastoral da Criança junto às suas companheiras, as Irmãs Dominicanas de Belo Horizonte. Seus projetos sócio-religiosos foram, inclusive, associados ao conhecimento de direitos trabalhistas em Salto da Divisa e ao combate à violência doméstica. Irmã Geraldinha vive no acampamento Dom Luciano, sem água, luz ou esgoto, com mais de cem pessoas e dedica-se, sobretudo, à promoção de maiores avanços na realidade fundiária de Salto da Divisa/MG. Em razão de sua luta, é perseguida pelos grandes latifunidários da região, que ainda se mantém como um palco de conflito na luta pela terra e pela dignidade de centenas de famílias.