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quinta-feira, 1 de abril de 2021

Caminhos para a Páscoa do Senhor...


1º de Abril -  Quinta-feira Santa da Ceia do Senhor.






No contexto do mundo, o Povo da Aliança continua a sua peregrinação à Terra Prometida, em busca de um novo tempo, o anseio pela vida. O desejo de uma resposta para os perigos e feridas da doença, da pobreza, do desemprego, da fome... vencer a morte!

À mesa com Jesus, recorda-se a memória do mandamento: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também» (Jo.13, 3-15).

A novidade de Jesus convida aos passos de conversão por atitudes de cuidado do outro. Em sinal de humildade, Jesus se inclinou e começou a lavar os pés de seus discípulos. Porém, os gestos e palavras do Mestre e Senhor inquietam o não saber, o não compreender da mente humana. Também hoje, essa inquietude e aflição de Jesus transparece em clamor, em meio a tantas mortes e sofrimentos. São muitas vidas perdidas, no mundo inteiro e especialmente no Brasil, 3950 mortos! Qual a semelhança desejosa da sociedade atual com a mesa partilhada com Jesus, na última ceia?

Na mesa com o Mestre encontra-se a percepção de uma travessia de esperança e do serviço. Para isso, é preciso o reconhecimento da fraternidade capaz de gerar a vida e o compromisso pelo outro. As dores e lágrimas estão presentes e, também a ternura de Deus. Jesus ensina que há uma realidade nova em aspectos de fragilidade, cuidado e declínio do interior de cada pessoa. A grandeza do amor se constrói ao contemplar e servir o outro. Em mesmo sentido, sentir que todos possuem as suas feridas a curar-se, a deixar-se cuidar.

No decorrer da ceia [...], direciona-se o olhar para a pessoa de Jesus com atenção nos gestos, ao cuidado com que Ele lava os pés aos seus discípulos. O movimento de Jesus autentica a sua missão de amor e ensina aos que querem segui-lo a fazer o mesmo, dando a centralidade da partilha, a atenção e serviço de reconstruir-se nas relações de vida, em volta à mesa da fraternidade.

Ir.Luciana, OP

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