Pesquisar este blog

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um novo amanhecer (Lc 21,25-28.34-36)


Um novo amanhecer (Lc 21,25-28.34-36)


por Instituto Humanitas Unisinos (IHU)
Ampliar imagem
A partir do primeiro domingo de Advento, iniciamos o ciclo C do Ano Litúrgico, o qual segue o evangelho de Lucas. Segundo Tito (3,4), Lucas é o evangelista da "manifestação do carinho de Deus e de sua amizade para com os homens", dos pobres e dos pecadores, dos pagãos e dos valores humanísticos e também das mulheres.
O grande anseio de Lucas, ao escrever a Boa Notícia de Jesus, era "verificar a solidez dos ensinamentos recebidos" (1,4). Ele quer tirar dúvidas, quer mostrar a beleza do seguimento de Jesus, para fazer arder de novo o coração dos cristãos e cristãs e continuar, assim, a missão.
Por isso, o ciclo C será o ano da práxis cristã segundo o modelo de Jesus Cristo. A quem Lucas vai descrever como um homem de oração, de ternura humana, de convivência fraterna, ao mesmo tempo que é também o profeta por excelência, o novo Elias, o porta-voz credenciado do Altíssimo.
O que significa celebrar o tempo de Advento?
Podemos tomar como ponto de partida a palavra «Advento»; este termo não significa «espera», como poderia se supor, mas é a tradução da palavra grega parusia, que significa «presença», ou melhor, «chegada», quer dizer, presença começada.
Na Antigüidade, era usada para designar a presença de um rei ou senhor, ou também do deus ao qual se presta culto e que presenteia seus fiéis no tempo de sua parusia.
O Advento significa a presença começada do próprio Deus. Por isso, recorda-nos duas coisas: primeiro, que a presença de Deus no mundo já começou e que ele já está presente de uma maneira oculta; em segundo lugar, que essa presença de Deus acaba de começar, ainda que não seja total, mas está em processo de crescimento e amadurecimento.
Por isso, antes de continuar, paremos para refletir juntos onde já descobrimos a Presença de Deus em nosso mundo tão conturbado?
Os cristãos e cristãs vivemos na certeza consoladora que «a luz do mundo» já foi acesa na noite escura de Belém e transformou a noite da morte, do pecado humano na noite santa da vida humana em plenitude.
O apelo do evangelho de hoje é a levantar e erguer nossas cabeças, porque o Filho de Deus já irrompeu na história humana, foi tecido nas entranhas da humanidade.
Seguindo a tradição do Antigo Testamento, na descrição de diferentes fenômenos cósmicos que Lucas apresenta no início do evangelho de hoje, o manifesto de Deus está presente na nossa vida, está agindo no mundo por meio de tantas pessoas de diferentes raças, culturas, religiões...
Somos nós que temos que descobrir sua Presença, e mais ainda, somos também nós que, por meio de nossa fé, esperança e amor, somos convidados a fazer brilhar continuamente sua Luz na noite do mundo.
Pode ser um bom "exercício" deste tempo, reunidos em comunidade, em família, partilhar juntos/as as luzes que cada um/a de nós temos acessas, pessoal ou comunitariamente.
Agora vem a outra orientação importante do evangelho de hoje: "Tomem cuidado para que os corações de vocês não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida".
Um dos males de nosso tempo é, sem dúvida, a falta de sensibilidade, vivemos uma vida centrada em nossos próprios interesses, fazendo-nos cegos, surdos e mudos ao sofrimento de nossos irmãos e irmãs.
Atitude totalmente contrária ao Deus de Jesus Cristo: "Eu vi a miséria de meu povo..., ouvi seu clamor...e conheço seus sofrimentos. Por isso, desci para libertá-los..." (cfr. Ex 3,7).
Neste tempo, na esperança de Deus que continua vindo e agindo em nosso mundo, somos convidados/as a aliviar nosso coração daquilo que nos "narcisiza" e desumaniza, para ter um coração mais fraterno e solidário.
Ali Deus se fará presente, "nascerá" novamente, porque onde dois ou mais estejam reunidos em meu nome, eu estarei presente no meio deles.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Carta final do 23º Encontro da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil



Carta final do 23º  Encontro da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil

“Sem as mulheres  os direitos não são humanos...”

Queridos irmãos e irmãs da   Família Dominicana do Brasil
É com alegria que comunicamos a vocês que 68 irmãs e irmãos da COMISSÃO DOMINICANA DE JUSTIÇA E PAZ DO BRASIL estivemos reunidos pelo 23º ano consecutivo, nos dias 17 e 18 de novembro de 2012, em Goiânia.
Num clima de irmandade foram chegando os participantes dos Estados do Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Amazonas, Pará, Tocantins, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Goiás e, num grande círculo, nos acolhemos fazendo a memória orante de algumas companheiras e companheiros: Ir. Revy, Lília Azevedo, Manelão e Ir. Maria Elisa que são uma grande referência na nossa caminhada.
Assessorados por Maria Soave, missionária leiga italiana, “caminheira errante, sem medo de errar, nos múltiplos caminhos entre vida e Bíblia”, aprofundamos o tema Protagonismos e Direitos das mulheres na família dominicana, na Igreja e na sociedade”.
Para iniciar, foram partilhadas três experiências de vida e de trabalho com mulheres na conquista do protagonismo e dos Direitos Humanos, das regiões do Pará, Amazonas e Vale do Jequitinhonha.
Dando continuidade ao nosso estudo, Maria Soave nos apresentou diversos elementos novos e interessantes.
Partilhamos com vocês algumas reflexões significativas que destacamos como apoio para a nossa caminhada de construção de novas relações de gênero:
 É fundamental se pensar no sentido político das palavras, desde suas origens e entender a força que está por trás delas, no sentido de gerar mudanças ou paralisar;
 Existe grande diferença entre desfazer e destruir. Desfazer dá possibilidade de refazer, de construir algo novo. Destruir fecha possibilidades. Quando se fala em relações de gênero, somos convidadas e convidados a desfazer esquemas que rompem essas relações e a refazer novas formas de relação;
 Não nascemos mulher ou homem, nascemos macho ou fêmea. Homem e mulher se constroem continuamente. Existem muitas formas de estar mulher ou estar homem no mundo, mas a sociedade patriarcal, com seu modelo machista de dominação violenta, estabeleceu uma única forma. Essa não é uma questão natural, mas sim histórica, pois não foi assim desde o início da humanidade; em um determinado momento da história surgiu o modelo patriarcal, que pode e urge ser mudado. Necessitamos, então, encontrar formas novas de relações;
 Neste caminho de reconstrução, se faz necessária uma consciência crítica. A leitura bíblica, a partir do método crítico libertador, ou seja, o método de leitura popular da Bíblia nos oferece muitas pistas.
Analisando fábulas e textos Bíblicos, Maria Soave nos ofereceu chaves importantes para uma pregação da Palavra comprometida com a criação de novas relações.
Durante o Encontro, fizemos o exercício do grito e da escuta, onde nós, as mulheres, aprendemos a gritar as dores dos nossos corpos tecidos de alma muitas vezes feridos e os homens foram aprendendo a calar e escutar nossos gritos. Quem sabe este poderia ser o nosso começo?
Com a mulher adúltera, com Míriam, com Maria.... fomos descobrindo os segredos das relações com base nos Direitos Humanos: ousar dizer não quando as diferenças geram dominantes e dominados e a dizer sim ao Projeto de Jesus; ter a audácia de desconfiar e gritar e aprender a arte de assuntar.
Com José de Arimatéia e com José de Maria, vislumbramos outras formas de estar homem.
Queridas irmãs e irmãos, contamos para vocês que todo nosso estudo foi marcado por reflexões, celebrações e convivência que nos apontaram para a importância e necessidade de mais aprofundamento, a partir de nossa realidade, iluminada pela Palavra libertadora do Movimento de Jesus a fim de nos impulsionar a, com audácia e coragem, nos comprometermos com a criação de novas relações de gênero e a continuar trabalhando para o maior protagonismo da mulher pobre e excluída.
Através de cartas, nós manifestamos nossa solidariedade com pessoas e grupos, vitimas de situações de injustiça e da dominação patriarcal.
Manifestamos também nosso apoio à solicitação recebida pela coordenação sobre a nossa participação em projetos de iniciativas não governamentais, relacionadas ao que vem sendo feito pela Comissão Nacional da Verdade, com ações concretas de base e sobre o tema do próximo Encontro que será “Trabalho de base e articulação das ações de Justiça e Paz”. Esse Encontro será, em Goiânia, dias 05 e 06 de outubro de 2013.
Elaboramos uma Nota Pública na linha de Justiça e Paz que será divulgada na Mídia em geral.
Finalizamos esta carta expressando aqui nossa irmandade dominicana com uma carinhosa saudação a todas e todos vocês.



Goiânia, 18 de novembro de 2012.

sábado, 10 de novembro de 2012

Quando 10 centavos valem mais que 1.000 reais


Quando 10 centavos valem mais que 1.000 reais - Mesters e Lopes


por CEBI Publicações
QUANTO 10 CENTAVOS VALEM MAIS QUE 1.000 REAIS...
DEUS SE REVELA NA PARTILHA DA VIÚVA POBRE
Marcos 12,38-44

Texto extraído do livro CAMINHANDO COM JESUS - Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos (2ª parte) - Coleção A Palavra na Vida 184/185. Autores: Carlos Mesters e Mercedes Lopes. CEBI Publicações. Saiba mais no endereçovendas@cebi.org.br.


ABRIR OS OLHOS PARA VER
No texto de hoje, Jesus elogia uma viúva pobre porque ela soube partilhar mais do que todos os ricos. Muitos pobres de hoje fazem o mesmo. O povo diz: "Pobre não deixa morrer de fome". Mas às vezes, nem isso é possível. Dona Cícera, que veio do interior da Paraíba para morar na periferia de João Pessoa, dizia: "No interior, a gente era pobre, mas tinha sempre uma coisinha para dividir com o pobre na porta. Agora que estou aqui na cidade, quando vejo um pobre que vem bater na porta, eu me escondo de vergonha, porque não tenho nada em casa para dividir com ele!" De um lado: gente rica que tem tudo, mas não quer partilhar. Do outro lado: gente pobre que não tem quase nada, mas quer partilhar o pouco que tem. Vamos conversar sobre isso.

COMENTANDO
Marcos 12, 38-40: Jesus critica os doutores da Lei
Jesus chama a atenção dos discípulos para o comportamento ganancioso e hipócrita de alguns doutores da Lei. Estes tinham gosto em circular pelas praças com longas túnicas, receber as saudações do povo, ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes. Eles gostavam de entrar nas casas das viúvas e fazer longas preces em troca de dinheiro! E Jesus termina: "Essa gente vai receber um julgamento mais severo!"
Marcos 12, 41-42: A esmola da viúva
Jesus e os discípulos, sentados em frente ao cofre do Templo, observavam como todo  o mundo colocava aí a sua esmola. Os pobres jogavam poucos centavos, os ricos jogavam moedas de grande valor. Os cofres do Templo recebiam muito dinheiro. Todo o mundo trazia alguma coisa para a manutenção do culto, para o sustento do clero e para a conservação do prédio. Parte deste dinheiro era usada para ajudar os pobres, pois naquele tempo não havia previdência social. Os pobres viviam entregues à caridade pública. Os pobres que mais precisavam da ajuda dos outros eram os órfãos e as viúvas. Estas não tinham nada. Dependiam em tudo da caridade dos outros. Mas mesmo sem ter nada, elas faziam questão de partilhar. Assim, uma viúva bem pobre colocou sua esmola no cofre do Templo. Poucos centavos apenas!
Marcos 12, 43-44: Jesus aponta onde se manifesta a vontade de Deus
O que vale mais: os 10 centavos da viúva ou os 1.000 reais dos ricos? Para os discípulos, os 1.000 reais dos ricos eram muito mais úteis para fazer a caridade do que os 10 centavos da viúva. Eles pensavam que o problema do povo só poderia ser resolvido com muito dinheiro. Por ocasião da multiplicação dos pães, eles tinham dito a Jesus: "O senhor quer que vamos comprar pão por 200 denários para dar de comer ao povo?" (Mc 6,37). De fato, para quem pensa assim, os 10 centavos da viúva não servem para nada. Mas Jesus diz: "Esta viúva que é pobre lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao Tesouro". Jesus tem critérios diferentes. Chamando a atenção dos discípulos para o gesto da viúva, ele ensina onde eles e nós devemos procurar a manifestação da vontade de Deus, a saber, nos pobres e na partilha.

ALARGANDO
Esmola, partilha, riqueza
A prática de dar esmolas era muito importante para os judeus. Era considerada uma "boa obra", pois dizia a lei do AT: "Nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: abre a mão em favor do teu irmão, do teu humilde e do teu pobre em tua terra" (Dt 15,11). As esmolas, colocadas no cofre do Templo, seja para o culto, seja para os necessitados, os órfãos ou viúvas, eram consideradas como uma ação agradável a Deus. Dar esmolas era uma maneira de se reconhecer que todos os bens e dons pertencem a Deus e que nós somos apenas administradores e administradoras desses dons, para que haja vida em abundância para todas as pessoas.
Foi a partir do Êxodo que o povo de Israel aprendeu a importância da esmola, da partilha. A caminhada dos 40 anos pelo deserto foi necessária para superar o projeto de acumulação que vinha do faraó e que estava na cabeça do povo. É mais fácil sair do país do faraó que deixar a mentalidade dele. Ela é sutil demais. Foi preciso experimentar a fome no deserto para aprender que os bens necessários à vida são para todos. Este é o ensinamento da história do maná: "Nem aquele que tinha juntado mais tinha maior quantidade, nem aquele que tinha colhido menos encontrou menos" (Ex 16,18).
Mas a tendência à acumulação era e continua muito forte. Fica difícil uma pessoa livrar-se dela totalmente. Ela renasce sempre no coração humano. É com base nesta tendência que os grandes impérios da história da humanidade se formaram. Ela está no coração da ideologia destes impérios. Assim, cerca de 1.200 anos depois da saída do Egito, Jesus vai mostrar a conversão necessária para a entrada no Reino. Ele disse ao jovem rico: "Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres" (Mc 10,21). A mesma exigência é repetida nos outros evangelhos: "Vendei vossos bens e dai esmolas. Fazei bolsas que não fiquem velhas, um tesouro inesgotável nos céus, onde o ladrão não chega nem a traça rói" (Lc 12,33-34; Mt 6,9-20). E Mateus acrescenta o porquê dessa exigência: "Pois onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração" (Mt 6,21).
A prática da partilha e da solidariedade é uma das características que o Espírito de Jesus, comunicado no dia de Pentecostes (At 2,1-13), quer realizar nas comunidades. O resultado da efusão do Espírito é este: "Não havia entre eles necessitado algum. De fato, os que possuíam terrenos ou casas, vendendo-os, traziam o resultado da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos" (At 4,34-35a; 2,44-45). Estas esmolas recebidas pelos apóstolos não eram acumuladas, mas "distribuía-se, então, a cada um, segundo a sua necessidade" (At 4,35b; 2,45).
A entrada de ricos na comunidade cristã, por outro lado, possibilitou uma expansão do cristianismo, dando melhores condições para o movimento missionário. Mas, por outro lado, a acumulação dos bens bloqueava o movimento da solidariedade e da partilha provocado pela força do Espírito de Pentecostes. Tiago quer ajudar estas pessoas a perceberem o caminho equivocado no qual estão metidas: "Pois bem, agora vós, ricos, chorai por causa das desgraças que estão a sobrevir. A vossa riqueza apodreceu e as vossas vestes estão carcomidas pelas traças" (Tg 5,1-3). Para aprender o caminho do Reino, todos precisam tornar-se alunos daquela viúva pobre, que partilhou tudo o que tinha, o necessário para viver (Mc 12,41-44).

Fonte:http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=21&noticiaId=3492

sábado, 3 de novembro de 2012

São Martinho de Lima


São Martinho de Lima
Filho de nobre cavaleiro espanhol e de negra do Panamá, de origem africana, Martinho (nascido em Lima a 9 de dezembro de 1579) não teve infância feliz. Por causa da pele escura o pai não o quis reconhecer e no livro de batizados foi registrado como filho de pai ignorado. Viveu pobremente até aos oito anos de idade em companhia da mãe e de uma irmãzinha, nascida dois anos depois dele. Após breve período de tranquilidade ao lado do pai no Equador, foi de novo abandonado a si mesmo, embora o pai mandasse o necessário para completar os estudos. Martinho tinha muita inclinação para a medicina e aprendeu as primeiras noções na farmácia-ambulatório de dois vizinhos de casa.
Com a idade de 15 anos abandonou tudo e foi bater na porta do convento dos dominicanos em Lima. Foi admitido apenas como terciário e incumbido dos trabalhos mais humildes da comunidade. Fez da vassoura uma espécie de divisa (um antigo retrato no-lo apresenta com o modesto mas indispensável instrumento caseiro na mão) e reservava para si todos os trabalhos mais pesados e repugnantes. Por fim, os superiores perceberam o que representava aquela alma para a Ordem, e acolhendo-o como membro efetivo a 2 de junho de 1603, admitiram-no à profissão solene. Também na qualidade de irmão leigo quis permanecer a escória do convento, mas a sua santidade começou a refulgir para além dos limites do mosteiro, pelos extraordinários carismas com os quais era dotado, como as profe-cias, os êxtases, as bilocações.
Embora nunca tivesse se distanciado de Lima, foi visto na África, na China, no Japão para confortar missionários em dificul-dades. A este humilde irmão leigo recorriam para conselho teólogos, bispos e autoridades civis. Mais de uma vez o próprio vice-rei teve de aguardar diante da sua cela, porque frei Martinho estava em êxtase.
Durante uma peste epidêmica, curou todos os que recorreram a ele, e aos seus sessenta confrades curou prodigiosamente. Com o mesmo candor de um são Francisco dirigia suas atenções a todas as criaturas, compreendidos os ratos, que lhe obedeciam docilmente.
Viram-no, por mais de uma vez, chamar os ratos aninhados na sacristia e conduzi-los para fora, num canto do jardim: ainda hoje invocam-no na infestação de ratos. Morreu a 3 de novembro de 1639. Beatificado em 1837 por Gregório XVI, foi canonizado a 6 de maio de 1962 por João XXIII. No ano de 1966 Paulo VI o proclamou patrono dos barbeiros.